A Secretaria Institucional de Segurança do Supremo Tribunal Federal
vai abrir procedimento interno para apurar suspeita de racismo na
entrada da sessão do plenário da última quarta-feira (10), segundo a
assessoria de imprensa do STF.
De acordo com a colunista Mônica Bergamo na edição desta sexta-feira
(12) do jornal "Folha de S.Paulo", dois diplomatas negros, amigos do
ministro Joaquim Barbosa, foram barrados pela segurança do Supremo no
dia em que o magistrado foi eleito o primeiro presidente negro do STF.
Carlos Frederico Bastos da Silva, 45, e Fabrício Prado, 31, da Divisão
de Assuntos Sociais do Itamaraty, apresentaram documentos para entrar no
plenário, mas os seguranças informaram que o “sistema de identificação
estava travado”, enquanto demais convidados eram liberados para assistir
à sessão. Eles só foram liberados quando um supervisor autorizou a
entrada. A assessoria de imprensa do Supremo confirma as informações da
reportagem.
De acordo com a coluna, os diplomatas ficaram desconfiados de que
tinham sido barrados por racismo e pediram esclarecimentos ao secretário
de Segurança Institucional do STF, José Fernando Martinez. Segundo
Martinez, os diplomatas demonstraram “atitude suspeita” quando visitaram
o Supremo na semana anterior. O secretário não informou qual seria a
atitude suspeita.
Martinez informou ao jornal que um dos diplomatas tem o mesmo nome de
uma pessoa com passagem pela polícia. “Foi uma sucessão de
mal-entendidos. Não houve racismo”, disse o secretário.
Por meio da assessoria de imprensa, O Itamaraty informou que vai
aguardar a conclusão da apuração do procedimento interno do STF para se
manifestar.
Fonte: G1
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